quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A REVOLTA DA VACINA

SANITARISTA OSVALDO CRUZ


O início da história republicana do Brasil foi marcado por diversos conflitos e revoltas populares, onde o Rio de Janeiro não escapou destas situações, pois em 1904, eclodiu um movimento de caráter popular na cidade tendo como principal motivo a vacina obrigatória contra a varíola imposta pelo Governo Federal. A situação do Rio de Janeiro era muito precária no início do século XX, pois a população sofria com a falta de saneamento básico que desencadeava epidemias constantes, como a varíola, febre amarela e peste bubônica. A população de baixa renda morava em habitações muito precárias se tornando assim a principal vítima.
O presidente Rodrigues Alves preocupado com a situação criou o projeto de saneamento básico e também de reurbanização da cidade, visando melhorar a estética do Rio de Janeiro. Como chefe do projeto, Osvaldo Cruz foi designado pelo Departamento Nacional de Saúde Pública, onde colocou em prática a campanha obrigatória de vacinação em 1904. Mas você deve estar se perguntando o porquê da revolta popular se era para o próprio bem de toda a sociedade. A população naquela época por falta de informação e conhecimento era muito ignorante, pois acreditavam em tudo que lhe contavam, onde jornais da oposição criticaram o governo e falaram que a vacina era um perigo a saúde, além do que as mulheres deverão tomar injeção em suas partes íntimas, onde consequentemente deveriam se despir diante dos vacinadores. Isto fez com que a população fosse tomada por uma ira, que assim se rebeliou.
A revolta popular aumentava a cada dia que foi impulsionado graças ao desemprego, alto custo de vida e inflação, isto é, a crise econômica, além é claro, da reforma urbana que tirou a população pobre do centro da cidade, derrubou cortiços e habitações mais simples que acabavam com a beleza da cidade.
As manifestações populares se espalhavam cada vez mais em todas as ruas da capital, onde com estes conflitos, populares destruíam bondes, espalhavam desordem pela cidade, apedrejavam prédios públicos e mais, devastando a cidade. No dia 16 de novembro de 1094, após dez dias do início da revolta, o presidente Rodrigues Alves anula a lei da vacinação obrigatória colocando nas ruas o exército, polícia e marinha para acabar de vez com estes tumultos. Em poucos dias a cidade voltou a ter calma e ordem.

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