terça-feira, 7 de julho de 2015

Governista e oposicionista debatem futuro político de Xapuri

Xapuri é o município mais conhecido do Acre internacionalmente. Isso por conta da história do sindicalista Chico Mendes que se tornou um símbolo do preservacionismo ambiental no planeta. No entanto, Xapuri tem variado as suas gestões municipais entre partidos de oposição e da FPA sem um resultado aprovado pela sua população. Nesse debate, dois deputados, um governista e outro oposicionista, com base política em Xapuri, Manoel Moraes (PSB) e Antônio Pedro (DEM) analisam o mito de Chico Mendes e projetam a próxima eleição à prefeitura do município.
Acompanhe o vídeo com Antônio Pedro e Manoel Moraes sobre Xapuri.
Prefeito sem rumo partidário
O prefeito de Epitaciolândia, André Assem (PSDB), não permanecerá no ninho tucano. Anda procurando uma casa partidária para se abrigar. Além das sondagens em partidos da FPA, André já esteve próximo do PSC da ex-deputada federal Antônia Lúcia (PSC) e do PP do senador Gladson Cameli (PP). No Alto Acre recebi informações que o prefeito andou aventando a possibilidade de ir para o PMDB. André anda ciscando para todo lado e valorizando o seu passe. Mas uma coisa é certa, o PSDB parece não estar se importando muito com a saída do prefeito de Epitaciolândia para onde quer que seja.

Planos futuros
André Assem não esconde de ninguém que na próxima eleição de 2018 pretende ser candidato a deputado federal. Mas precisa passar primeiro pelo teste da reeleição em 2016. Se perder ficará difícil conseguir dar sequência a sua vida política.

Adversário no quintal
Neste final de semana o PMDB filiou 68 novos membros em Epitaciolândia. Várias lideranças comunitárias e familiares. A disposição do partido é ter um candidato a prefeito no município e formar uma chapa forte de vereadores.

O retorno
Quem conversa com o prefeito de Brasiléia Everaldo Gomes (PMDB) tem a certeza que concorrerá à reeleição. Ele acredita num plano de recuperação do município após a enchente deste ano. Se conseguir minimizar o efeito da tragédia entra forte na disputa.

O dono da bola
O guru do PMDB no Alto Acre continua a ser o ex-prefeito de Brasiléia, Aldemir Lopes. Não cai uma folha na organização partidária peemedebista nos municípios da região que Aldemir não saiba.

Alvo
A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) virou o alvo preferencial dos seus adversários políticos. Mesmo sem ter confirmado a sua possível candidatura à prefeitura de Rio Branco, a Pequena, tem sido caçada nas redes sociais pela tropa de militantes do PT.

Couro grosso
Esse tipo de perseguição tem dois lados. Se o político é fraco surte efeito e se acaba. Mas se consegue resistir o efeito pode ser contrário passando uma imagem de vítima. E os eleitores adoram vítimas. Quem não se lembra da eleição do senador Gladson Cameli?

Ainda é cedo
Falar em candidaturas às prefeituras antes de terminada a Reforma Política no Congresso Nacional é um risco inútil. Só de acordo com as regras do jogo que forem estabelecidas é que alguém pode decidir ir ou não à luta de uma candidatura.

Profusão de nomes
Sena Madureira terá uma difícil disputa à prefeitura. Tanto na FPA quanto na oposição já surgiram vários candidatos competitivos. O deputado Gehlen Diniz (PP), o ex-deputado Mazinho Serafim (PMDB), o deputado Nelson Sales (PV), a publicitária Charlene e a ex-prefeita Toinha Vieira (PSDB). Sem falar que o atual prefeito Mano Rufino (PR) não deve abandonar o jogo assim sem mais e nem menos.

Nem tudo é união
Não estranhe se em alguns municípios a FPA tiver mais de um candidato à prefeitura. Isso já aconteceu em 2012 em Rodrigues Alves e no Bujari. Acho natural numa coligação com muitos partidos cada um querer escrever a sua história.

A mesma regra na oposição
Não acredito que haverá apenas um candidato de oposição nos 22 municípios do Acre. A democracia pressupõe a diversidade. Acho natural que os partidos queiram ter candidatos majoritários. É uma questão de sobrevivência.

PT refém do PMDB
O senador Jorge Viana (PT) esteve com o ex-presidente Lula (PT) visitando lideranças do PMDB, em Brasília, neste final de semana. Lula quer encurtar a distância entre os dois partidos para superar a crise política e econômica do país. O PMDB tem as presidências do Senado e Câmara de Deputados e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que faz a coordenação política do Governo Dilma (PT). Os peemedebistas reclamam da imobilidade do atual Governo. Ao mesmo tempo que as investigações do Lava-Jato chegam à cozinha das principais lideranças petistas. Lula tem razão, sem o apoio do PMDB o Governo do PT pode se desmanchar nas curvas da política brasileira. Resta saber quais as intenções verdadeiras do PMDB em relação a atual situação. Se quiserem, com o capital político que detém, podem mudar o comando do Planalto até com uma certa facilidade.


Nelson Liano Jr.

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