As
cinco maiores enchentes acorridas no mundo
As enchentes e
deslizamentos de terra que destruíram a região serrana do Rio de Janeiro e já
mataram 739 pessoas nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e
Sumidouro ocupam o quarto lugar entre os maiores desastres naturais do gênero
em número de mortes nos últimos doze meses. Os dados são do The International
Disaster Database do Centre for Research on The Epidemiology of Disasters
(Cred) http://www.emdat.be/, de Bruxelas (Bélgica), que há mais de 30 anos faz
um levantamento mundial dessas catástrofes.
Confira a lista das
cinco maiores enchentes e deslizamentos de terra dos últimos doze meses:
1ºPaquistão(1961mortes)
Quando: julho de 2010
Como foi: As enchentes no país, causadas pelas chuvas de monções, não só tiraram a vida de quase duas mil pessoas como afetou 20 milhões de paquistaneses, que perderam suas casas e tiveram de se deslocar. A província de Nowshera foi uma das mais afetadas.
2º – China (1765
mortes)
Quando: julho de 2010
Como foi: Em Zhouqu, na província de Gansu, noroeste da China, chuvas torrenciais provocaram fortes deslizamentos de terras. O fluxo do Rio Bailong chegou a ser interrompido com a quantidade de lama, pedras e entulhos acumulados.
3º – China (1.691
mortes)
Quando: maio de 2010
Como foi: Fortes chuvas inundaram as províncias e regiões de Fujian, Jiangxi, Guizhou, entre outras. Cerca de 10 milhões de pessoas foram afetadas e o prejuízo foi estimado em 10,9 bilhões de reais. A grande preocupação da população em Guangxi, por exemplo, também foram as dezenas de diques em mal estado de conservação e que poderiam falhar, aumentando a área afetada pelas cheias.
4º – Brasil (779
mortes)
Quando: janeiro de 2011
Como foi: Em menos de 24 horas choveu o que costuma chover em um mês na zona serrana do Rio. Não só as cidades ficaram debaixo d’água como o solo das encostas cedeu, causando deslizamentos que passaram por cima do que estava no caminho, de casas humildes a mansões.
A tragédia do Rio
de Janeiro que ocorreu no ano passado (aquela que matou 256 pessoas) ocupa a
sexta posição nesse desastroso ranking. Para se ter uma ideia da gravidade do
incidente fluminense: bastou uma semana para o número de vidas perdidas chegar
a metade do que foi perdido entre 2000 e 2010 em acontecimentos do mesmo tipo.
Nesse período, 1427 pessoas morreram por conta de enchentes e deslizamentos no
país.
5 Uganda (388
mortes)
Quando: fevereiro de 2010
Como foi: Deslizamentos de terra em Nametsi, no leste de Uganda, destruíram cidades e muitas plantações de banana, atividade econômica popular na região. Na mesma época as fortes chuvas afetaram o país vizinho, Quênia.
A gente não poderia deixar de listar também os maiores desastres de todos os tempos. Lá vai!
Nos últimos dez
anos, a maior tragédia desse tipo aconteceu no Haiti, em 2004, quando morreram
2.655 pessoas. O maior desastre mundial do gênero data de 1931 e ocorreu na
região central da China. Fortes chuvas provocaram as cheias do Rio Amarelo e de
outros como Yangtzé e Huai. A tragédia matou 3,7 milhões de pessoas. Por meses,
cerca de 88 mil quilômetros quadrados ficaram completamente inundados e
inutilizados. E, atenção, Brasil! Entre os países da América Latina, o
Brasil é o recordista em número de mortes nos últimos 11 anos (É, galera, num
tá fácil pra ninguém!).
Maiores
inundações ocorridas no Brasil
01) São Luiz do Paraitinga - São Paulo - 2010
02) Rio de Janeiro e interior de São Paulo - 2010
03) Santa Catarina, 2008.
04) Paraíba, 2004
05) Minas Gerais, 2001.
06) Acre, 1997. 2012 e 2015
07) Rio de Janeiro, 1988 e 2013
08) Blumenau, 1983.
09) Minas Gerais e Espírito Santo, 1979
10) Santa Catarina, 1974.
11) Rio de Janeiro, 1966 e 1967
12) Porto Alegre, 1941.
13) Blumenau, 1911
01) São Luiz do Paraitinga - São Paulo - 2010
02) Rio de Janeiro e interior de São Paulo - 2010
03) Santa Catarina, 2008.
04) Paraíba, 2004
05) Minas Gerais, 2001.
06) Acre, 1997. 2012 e 2015
07) Rio de Janeiro, 1988 e 2013
08) Blumenau, 1983.
09) Minas Gerais e Espírito Santo, 1979
10) Santa Catarina, 1974.
11) Rio de Janeiro, 1966 e 1967
12) Porto Alegre, 1941.
13) Blumenau, 1911
Rio de Janeiro 2013
O início do ano de 2013 ficou marcado pelos deslizamentos e enchentes
urbanas, em especial no estado do Rio de Janeiro, mas que também ocorreram em
outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Esse cenário tem sido muito
comum em diversas localidades brasileiras situadas em áreas próximas do litoral
e nas encostas de planaltos e serranias que contornam a costa brasileira, e a
população residente nesses locais permanece desamparada e destituída de um
suporte eficaz por parte do poder público, que acaba tendo de assumir a sua
incapacidade em evitar esse tipo de tragédia e gerenciar os seus impactos.
No dia 2 de janeiro de 2013, na cidade de Duque de Caxias, localizada na
região metropolitana do Rio Janeiro, pelo menos duas pessoas morreram e cerca
de 200 pessoas ficaram desabrigadas após uma chuva forte e duradoura que
provocou a cheia do rio Saracuruna, no distrito de Xerém. Na mesma semana, os
riscos de deslizamentos de terra obrigaram a desocupação de casas em cidades
como Angra dos Reis, Teresópolis e Petrópolis. Mesmo a cidade do Rio de
Janeiro, que detém enorme potencial turístico e em plena alta temporada, sofreu
impactos com as enchentes que afetaram diversos bairros. Pouco mais de um mês
após esse episódio, o município de São Paulo foi afetado por temporais que
produziram diversos pontos de alagamento, paralisando algumas avenidas e até o
transporte ferroviário.
O Brasil é reconhecido como um país tropical, o que significa que o
território brasileiro está localizado em uma zona climática intertropical,
sujeito a uma grande quantidade de insolação e possibilidades para a formação
de climas mais úmidos, além de possuir uma grande faixa litorânea aquecida que
também contribui para a formação de massas úmidas. A maior parte das grandes
cidades brasileiras fica muito próxima de uma faixa de terra localizada entre o
litoral e os planaltos, ou ainda nas proximidades de rios caudalosos e áreas de
várzea.
Em que se pese o papel das chuvas fortes e típicas do verão brasileiro e
de um relevo propenso aos processos erosivos mais intensos, o fundamento
teórico que merece uma discussão mais ampla e detalhada diz respeito ao
processo histórico de ocupação realizado no Brasil. Tomando como referência o
êxodo-rural ocorrido no país, principalmente a partir da década de 1950,
grandes deslocamentos populacionais no sentido campo-cidade incharam diversas
cidades, cabendo ressaltar que as áreas de maior concentração de atividades
econômicas do Brasil sempre estiveram localizadas entre os planaltos e o
litoral. A escassez e o encarecimento dos imóveis centrais obrigaram as pessoas
a buscarem as áreas de risco para fixar suas residências, promovendo uma série
de ocupações irregulares em áreas de encostas e próximas de córregos e rios.
As alterações climáticas urbanas também estão relacionadas às enchentes.
A retirada da cobertura vegetal e a impermeabilização realizada pela
pavimentação e as edificações contribuem para a formação das ilhas de calor,
aumentando as possibilidades de formação de temporais. Os esforços para o
desenvolvimento de políticas preventivas precisam considerar todos esses
fatores, pois não é possível resolver o problema das enchentes em pouco tempo,
mas é preciso garantir condições de moradia dignas para aqueles que convivem
todos os anos com essa realidade e, ao mesmo tempo, criar possibilidades para
enfrentar as suas conseqüências.
Em 2012 Amazonas registra a maior
cheia em 110 anos
sua maior cheia em
110 anos. De acordo com o engenheiro civil responsável pela medição, Valderino
Pereira da Silva, 29,78 metros (acima do nível do mar), superando a última
cheia registrada no ano de 2009, quando o rio Negro atingiu 29,77 metros. Antes
do ano de 2009, a maior cheia registrada foi em junho de 1953, quando o nível
chegou a 26,69 metros.
Valderino é
responsável pela medição do nível do rio Negro há 23 anos e faz esse trabalho
todos os dias pela manhã, antes das 7h.
“Os intervalos de
cheia registrados por aqui normalmente acontecem em períodos maiores de tempo e
agora aconteceu no período entre três e quatros anos. Esse trabalho de medição
do rio começou a ser realizado no dia 15 de setembro de 1902”, ressaltou.
Na época no Estado do Amazonas, 52 municípios
estão em situação de emergência de acordo com a Defesa Civil Estadual. Os
município de Anamã e Careiro da Várzea pediram que seja decretada calamidade
pública nas localidades.
Maior cheia da história do Rio Acre
desabriga milhares 2015
Desespero para a população do Acre, que está enfrentando a
maior cheia da história. O nível do rio que atravessa todo o estado chegou a
18,4metros. As águas invadiram as ruas e tiraram 9 mil pessoas de casa. A
capital, Rio Branco, foi a cidade mais.
A enchente do Rio Acre começou em Assis Brasil, na
fronteira com o Peru. Depois passou por Brasiléia e chegou a Xapuri, terra do
ex-líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988.
A antiga casa de Chico Mendes ficou com água até o
teto. A praça principal de Xapuri também foi encoberta e até a igreja matriz
foi atingida.
Maiores
enchentes de Tarauacá
O Pesquisador da Ufac Alejandro Fonseca Duarte, coordenador do Grupo de
Estudos e Serviços Ambientais da Universidade Federal do Acre (Ufac). Duarte esclarece que “na natureza praticamente todos os sistemas são
complexos, por exemplo, o sistema de drenagem fluvial, o sistema clima, um
organismo, as sociedades. Eles estão sujeitos a imprevisões, a gerar
modificações, cujas causas não são evidentes. Sabendo disso, são
permanentemente observados e estudados. Cada desastre que advém em um sistema
complexo é pesquisado minuciosamente até se descobrir o motivo, em busca de uma
confiabilidade cada vez maior. Tal proceder não justifica os erros humanos e as
negligências. Tomara que o novo cenário seja reversível. E que ações de
prevenção, mitigação e adaptação, em relação às costumeiras alagações, ajudem a
aumentar a qualidade de vida dos acrianos”.
Alejandro, que coordena o Grupo de Estudos
e Serviços Ambientais da Ufac, também destaca que os rios que banham a cidade,
Tarauacá e Muru, são integrantes de uma microbacia que forma a bacia do rio
Juruá. Uma das características destes rios é a rápida resposta às chuvas, ou
seja, se chover intensamente ou em grande quantidade, o nível das águas sobre
rapidamente. “O rio Muru faz parte de uma microbacia da Bacia do Juruá, e é
muito pequena. Isso significa que chuvas escoam rapidamente, elevando o nível
do rio. É uma característica de bacia pequena”, esclarece.
Alejandro sugere projetos que possibilitem
adaptar estas áreas ou remover as pessoas para locais mais distantes das
margens dos rios. Outra sugestão é monitoramento constante dos rios, mas este
“sobe muito rápido”. “Tempo [para retirar as pessoas] sempre há. É difícil evitar
um impacto, mas sempre há tempo”, finalizou.
(Ascom-Ufac)
Para o morador de Tarauacá o cearense Antonio Gomes de 80 anos de idade residente no Bairro Senador
Pompeu, que chegou nesta cidade em 1944, destaca que as grandes alagações
sempre aconteceram não só em Tarauacá, mas quase em todo Brasil, lembra que
morando aqui todos esses anos aconteceram varias alagações, mas as maiores
foram de 1976, 1995 e agora 2015. Questionado sobre os fenômenos que causariam
essas enchentes, afirmou que são os fenômenos naturais que o homem não pode
impedir tão facilmente.
Já o morador Antonio Gomes
Mendonça de 76 anos residente na Rua Maria da liberdade, alem de citar as duas
enchentes anteriores pelo Antonio Gomes, acrescenta alagação de 1942, que
segundo ele essa foi à maior de todos os tempos. Cita alguns lugares cobertos
pelas dos rios Tarauacá e Muru, local onde hoje é o prédio da prefeitura,
igreja matriz de São Jose, Avenida Tancredo Neves.
Seu Antonio conta alguns
detalhes da época, como ter visto vários animais silvestres nas ilhas e nos
morros, como: Cotias, veados, pacas, tatus e entre outros.
Questionado por que de tantas alagações foi enfático disse: Desde que me
entendo por gente existe alagação, e as maiores no passado, mas não com tanta
freqüência, que este ano de 2015 já está com umas dez. Acredita que o ser
humano tem contribuído para que os fenômenos naturais aconteçam de maneira
desastrosa. Dá exemplo que com o desmatamento e as erosões vem assoreamento do
leito dos rios, que às vezes o volume d, água pode ser o mesmo de outras épocas
e pode alagar mais porque os rios estão rasos e a água transborda.
Manoel Fontinele de 76 anos, religioso, morador
antigo do bairro Senador Pompeu, diz que de novembro até março já foram 11
alagações e que isso não é comum, é uma resposta da natureza sobre a humanidade.
Que Deus não está satisfeito com a atitude do ser humano através da destruição
da natureza que a mesma é sabia, rígida e não podemos ir contra ela porque
sofremos as conseqüências.
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