domingo, 19 de abril de 2015

AS GRANDES ALAGAÇOES




As cinco maiores enchentes acorridas no mundo
As enchentes e deslizamentos de terra que destruíram a região serrana do Rio de Janeiro e já mataram 739 pessoas nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro ocupam o quarto lugar entre os maiores desastres naturais do gênero em número de mortes nos últimos doze meses. Os dados são do The International Disaster Database do Centre for Research on The Epidemiology of Disasters (Cred) http://www.emdat.be/, de Bruxelas (Bélgica), que há mais de 30 anos faz um levantamento mundial dessas catástrofes.
Confira a lista das cinco maiores enchentes e deslizamentos de terra dos últimos doze meses:


1ºPaquistão(1961mortes)

Quando: julho de 2010

Como foi: As enchentes no país, causadas pelas chuvas de monções, não só tiraram a vida de quase duas mil pessoas como afetou 20 milhões de paquistaneses, que perderam suas casas e tiveram de se deslocar.  A província de Nowshera foi uma das mais afetadas.

2º – China (1765 mortes)

Quando: julho de 2010

Como foi: Em Zhouqu, na província de Gansu, noroeste da China, chuvas torrenciais provocaram fortes deslizamentos de terras. O fluxo do Rio Bailong chegou a ser interrompido com a quantidade de lama, pedras e entulhos acumulados.

3º – China (1.691 mortes)

Quando: maio de 2010

Como foi: Fortes chuvas inundaram as províncias e regiões de Fujian, Jiangxi, Guizhou, entre outras. Cerca de 10 milhões de pessoas foram afetadas e o prejuízo foi estimado em 10,9 bilhões de reais. A grande preocupação da população em Guangxi, por exemplo, também foram as dezenas de diques em mal estado de conservação e que poderiam falhar, aumentando a área afetada pelas cheias.

4º – Brasil (779 mortes)

Quando: janeiro de 2011

Como foi: Em menos de 24 horas choveu o que costuma chover em um mês na zona serrana do Rio. Não só as cidades ficaram debaixo d’água como o solo das encostas cedeu, causando deslizamentos que passaram por cima do que estava no caminho, de casas humildes a mansões.
A tragédia do Rio de Janeiro que ocorreu no ano passado (aquela que matou 256 pessoas) ocupa a sexta posição nesse desastroso ranking. Para se ter uma ideia da gravidade do incidente fluminense: bastou uma semana para o número de vidas perdidas chegar a metade do que foi perdido entre 2000 e 2010 em acontecimentos do mesmo tipo. Nesse período, 1427 pessoas morreram por conta de enchentes e deslizamentos no país.

5 Uganda (388 mortes)

Quando: fevereiro de 2010

Como foi: Deslizamentos de terra em Nametsi, no leste de Uganda, destruíram cidades e muitas plantações de banana, atividade econômica popular na região. Na mesma época as fortes chuvas afetaram o país vizinho, Quênia.
A gente não poderia deixar de listar também os maiores desastres de todos os tempos. Lá vai!
Nos últimos dez anos, a maior tragédia desse tipo aconteceu no Haiti, em 2004, quando morreram 2.655 pessoas. O maior desastre mundial do gênero data de 1931 e ocorreu na região central da China. Fortes chuvas provocaram as cheias do Rio Amarelo e de outros como Yangtzé e Huai. A tragédia matou 3,7 milhões de pessoas. Por meses, cerca de 88 mil quilômetros quadrados ficaram completamente inundados e inutilizados. E, atenção, Brasil! Entre os países da América Latina, o Brasil é o recordista em número de mortes nos últimos 11 anos (É, galera, num tá fácil pra ninguém!).




 Maiores inundações ocorridas no Brasil 

01) São Luiz do Paraitinga - São Paulo - 2010 
02) Rio de Janeiro e interior de São Paulo - 2010 
03) Santa Catarina, 2008. 
04) Paraíba, 2004 
05) Minas Gerais, 2001. 
06) Acre, 1997. 2012 e 2015
07) Rio de Janeiro, 1988 e 2013
08) Blumenau, 1983. 
09) Minas Gerais e Espírito Santo, 1979 
10) Santa Catarina, 1974. 
11) Rio de Janeiro, 1966 e 1967 
12) Porto Alegre, 1941. 
13) Blumenau, 1911 

Rio de Janeiro 2013
O início do ano de 2013 ficou marcado pelos deslizamentos e enchentes urbanas, em especial no estado do Rio de Janeiro, mas que também ocorreram em outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Esse cenário tem sido muito comum em diversas localidades brasileiras situadas em áreas próximas do litoral e nas encostas de planaltos e serranias que contornam a costa brasileira, e a população residente nesses locais permanece desamparada e destituída de um suporte eficaz por parte do poder público, que acaba tendo de assumir a sua incapacidade em evitar esse tipo de tragédia e gerenciar os seus impactos.
No dia 2 de janeiro de 2013, na cidade de Duque de Caxias, localizada na região metropolitana do Rio Janeiro, pelo menos duas pessoas morreram e cerca de 200 pessoas ficaram desabrigadas após uma chuva forte e duradoura que provocou a cheia do rio Saracuruna, no distrito de Xerém. Na mesma semana, os riscos de deslizamentos de terra obrigaram a desocupação de casas em cidades como Angra dos Reis, Teresópolis e Petrópolis. Mesmo a cidade do Rio de Janeiro, que detém enorme potencial turístico e em plena alta temporada, sofreu impactos com as enchentes que afetaram diversos bairros. Pouco mais de um mês após esse episódio, o município de São Paulo foi afetado por temporais que produziram diversos pontos de alagamento, paralisando algumas avenidas e até o transporte ferroviário.
O Brasil é reconhecido como um país tropical, o que significa que o território brasileiro está localizado em uma zona climática intertropical, sujeito a uma grande quantidade de insolação e possibilidades para a formação de climas mais úmidos, além de possuir uma grande faixa litorânea aquecida que também contribui para a formação de massas úmidas. A maior parte das grandes cidades brasileiras fica muito próxima de uma faixa de terra localizada entre o litoral e os planaltos, ou ainda nas proximidades de rios caudalosos e áreas de várzea.
Em que se pese o papel das chuvas fortes e típicas do verão brasileiro e de um relevo propenso aos processos erosivos mais intensos, o fundamento teórico que merece uma discussão mais ampla e detalhada diz respeito ao processo histórico de ocupação realizado no Brasil. Tomando como referência o êxodo-rural ocorrido no país, principalmente a partir da década de 1950, grandes deslocamentos populacionais no sentido campo-cidade incharam diversas cidades, cabendo ressaltar que as áreas de maior concentração de atividades econômicas do Brasil sempre estiveram localizadas entre os planaltos e o litoral. A escassez e o encarecimento dos imóveis centrais obrigaram as pessoas a buscarem as áreas de risco para fixar suas residências, promovendo uma série de ocupações irregulares em áreas de encostas e próximas de córregos e rios.
As alterações climáticas urbanas também estão relacionadas às enchentes. A retirada da cobertura vegetal e a impermeabilização realizada pela pavimentação e as edificações contribuem para a formação das ilhas de calor, aumentando as possibilidades de formação de temporais. Os esforços para o desenvolvimento de políticas preventivas precisam considerar todos esses fatores, pois não é possível resolver o problema das enchentes em pouco tempo, mas é preciso garantir condições de moradia dignas para aqueles que convivem todos os anos com essa realidade e, ao mesmo tempo, criar possibilidades para enfrentar as suas conseqüências.


Em 2012 Amazonas registra a maior cheia em 110 anos
sua maior cheia em 110 anos. De acordo com o engenheiro civil responsável pela medição, Valderino Pereira da Silva, 29,78 metros (acima do nível do mar), superando a última cheia registrada no ano de 2009, quando o rio Negro atingiu 29,77 metros. Antes do ano de 2009, a maior cheia registrada foi em junho de 1953, quando o nível chegou a 26,69 metros.
Valderino é responsável pela medição do nível do rio Negro há 23 anos e faz esse trabalho todos os dias pela manhã, antes das 7h.
“Os intervalos de cheia registrados por aqui normalmente acontecem em períodos maiores de tempo e agora aconteceu no período entre três e quatros anos. Esse trabalho de medição do rio começou a ser realizado no dia 15 de setembro de 1902”, ressaltou.
 Na época no Estado do Amazonas, 52 municípios estão em situação de emergência de acordo com a Defesa Civil Estadual. Os município de Anamã e Careiro da Várzea pediram que seja decretada calamidade pública nas localidades.

Maior cheia da história do Rio Acre desabriga milhares 2015



Desespero para a população do Acre, que está enfrentando a maior cheia da história. O nível do rio que atravessa todo o estado chegou a 18,4metros. As águas invadiram as ruas e tiraram 9 mil pessoas de casa. A capital, Rio Branco, foi a cidade mais.
A enchente do Rio Acre começou em Assis Brasil, na fronteira com o Peru. Depois passou por Brasiléia e chegou a Xapuri, terra do ex-líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988.
A antiga casa de Chico Mendes ficou com água até o teto. A praça principal de Xapuri também foi encoberta e até a igreja matriz foi atingida.




Maiores enchentes de Tarauacá
O Pesquisador da Ufac Alejandro Fonseca Duarte, coordenador do Grupo de Estudos e Serviços Ambientais da Universidade Federal do Acre (Ufac). Duarte esclarece que “na natureza praticamente todos os sistemas são complexos, por exemplo, o sistema de drenagem fluvial, o sistema clima, um organismo, as sociedades. Eles estão sujeitos a imprevisões, a gerar modificações, cujas causas não são evidentes. Sabendo disso, são permanentemente observados e estudados. Cada desastre que advém em um sistema complexo é pesquisado minuciosamente até se descobrir o motivo, em busca de uma confiabilidade cada vez maior. Tal proceder não justifica os erros humanos e as negligências. Tomara que o novo cenário seja reversível. E que ações de prevenção, mitigação e adaptação, em relação às costumeiras alagações, ajudem a aumentar a qualidade de vida dos acrianos”.
Alejandro, que coordena o Grupo de Estudos e Serviços Ambientais da Ufac, também destaca que os rios que banham a cidade, Tarauacá e Muru, são integrantes de uma microbacia que forma a bacia do rio Juruá. Uma das características destes rios é a rápida resposta às chuvas, ou seja, se chover intensamente ou em grande quantidade, o nível das águas sobre rapidamente. “O rio Muru faz parte de uma microbacia da Bacia do Juruá, e é muito pequena. Isso significa que chuvas escoam rapidamente, elevando o nível do rio. É uma característica de bacia pequena”, esclarece.
Alejandro sugere projetos que possibilitem adaptar estas áreas ou remover as pessoas para locais mais distantes das margens dos rios. Outra sugestão é monitoramento constante dos rios, mas este “sobe muito rápido”. “Tempo [para retirar as pessoas] sempre há. É difícil evitar um impacto, mas sempre há tempo”, finalizou.
 (Ascom-Ufac)


Para o morador de Tarauacá o cearense Antonio Gomes de 80 anos de idade residente no Bairro Senador Pompeu, que chegou nesta cidade em 1944, destaca que as grandes alagações sempre aconteceram não só em Tarauacá, mas quase em todo Brasil, lembra que morando aqui todos esses anos aconteceram varias alagações, mas as maiores foram de 1976, 1995 e agora 2015. Questionado sobre os fenômenos que causariam essas enchentes, afirmou que são os fenômenos naturais que o homem não pode impedir tão facilmente.


Já o morador Antonio Gomes Mendonça de 76 anos residente na Rua Maria da liberdade, alem de citar as duas enchentes anteriores pelo Antonio Gomes, acrescenta alagação de 1942, que segundo ele essa foi à maior de todos os tempos. Cita alguns lugares cobertos pelas dos rios Tarauacá e Muru, local onde hoje é o prédio da prefeitura, igreja matriz de São Jose, Avenida Tancredo Neves.
Seu Antonio conta alguns detalhes da época, como ter visto vários animais silvestres nas ilhas e nos morros, como: Cotias, veados, pacas, tatus e entre outros.
Questionado por que de tantas alagações foi enfático disse: Desde que me entendo por gente existe alagação, e as maiores no passado, mas não com tanta freqüência, que este ano de 2015 já está com umas dez. Acredita que o ser humano tem contribuído para que os fenômenos naturais aconteçam de maneira desastrosa. Dá exemplo que com o desmatamento e as erosões vem assoreamento do leito dos rios, que às vezes o volume d, água pode ser o mesmo de outras épocas e pode alagar mais porque os rios estão rasos e a água transborda.

Manoel Fontinele de 76 anos, religioso, morador antigo do bairro Senador Pompeu, diz que de novembro até março já foram 11 alagações e que isso não é comum, é uma resposta da natureza sobre a humanidade. Que Deus não está satisfeito com a atitude do ser humano através da destruição da natureza que a mesma é sabia, rígida e não podemos ir contra ela porque sofremos as conseqüências.

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