quinta-feira, 4 de julho de 2013

“INQUERITO NACIONAL DE PREVALENCIA DA ESQUISTOSSOMOSE MASONICO”





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O Ministério da Saúde em parceria com estado e município está realizando o “INQUERITO NACIONAL DE PREVALENCIA DA ESQUISTOSOMESSE MASONICO”
Estamos finalizando a fase municipal onde a prefeitura de Tarauacá através da Secretaria Municipal de Saúde executou todo esse trabalho contribuindo com o ministério da Saúde.
Nesse final de semana realizamos o trabalho na Aldeia Amparo e Nava Esperança no Rio Gregorio... Queremos imensamente agradecer os lideres daquelas aldeias principalmente Cacique Bira Brasil da Aldeia Nova Esperança e Inácio da aldeia Amparo. Pela atenção e apoio as trabalho realizado
OBJETIVOS GERAIS
– Conhecer a prevalência da esquistossomose e das geohelmintíases no Brasil.
– Conhecer a prevalência das formas clínicas da esquistossomose.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Conhecer a prevalência da esquistossomose mansoni, da ascaridíase, da trichiuríase e da ancilostomíase em quatro áreas:
área endêmica para a esquistossomose, constituída por municípios com menos de 500.000 habitantes, de 16 Unidades Federadas.
área endêmica constituída por municípios com mais de 500.000 habitantes, de 12 UF.
área não-endêmica para a esquistossomose, constituída por municípios com populações com menos a 500.000 habitantes, de 26 UF. área não-endêmica constituída por municípios com mais de 500.000 habitantes, de 14 UF.
b) Conhecer a prevalência das alterações ultrassonográficas, sugestivas da forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni entre portadores de Schistosoma mansoni, de três áreas de risco de infecção (baixo, médio e alto risco), dos Estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe, que compreendem a área historicamente endêmica.

DOENÇA
• Doença parasitária causada por helminto da classe Trematoda
• Agente etiológico: Schistosoma mansoni
• Hospedeiro definitivo: homem
• Hospedeiros intermediários: caramujos do gênero Biomphalaria:
B. glabrata,
B. tenagophila
B. straminea

CICLO DE TRANSMISSAO
• P.P.P - Duas a seis semanas

• Período de transmissibilidade
Homem:
início da oviposição (4 a 6 semanas) até 6 a 10 anos
Hospedeiro intermediário: início da eliminação de cercárias (4 a 7 semanas) até vários meses
Fatores condicionantes e favorecedores da transmissão
A esquistossomose é uma doença cuja transmissão é complexa, em virtude da quantidade de fatores envolvidos.
• Presença dos hospedeiros intermediários (caramujos infectados pelo Schistosoma mansoni);
• Presença do hospedeiro definitivo (homem);
• Condições socioeconômicas e culturais, modos de vida (ocupação, lazer);
• Escassez de saneamento domiciliar e ambiental;
Nível de educação em saúde da população exposta ao risco

Situação Epidemiológica no Brasil
Distribuição da esquistossomose, de acordo com a faixa de prevalência, por município. Brasil, 2009
Está presente em vasta extensão do País : 19 Unidades Federadas
Área endêmica (9 UF)
MA, AL, BA, PE, PB, RN, SE, MG e ES
Área com transmissão focal (10UF)
PA, PI, CE, RJ, SP, PR, SC, RS, GO e DF
Acomete 2,5 a 6 milhões de pessoas
Causa um número significativo de formas graves: (média internações – 2000 a 2010 = 1.001)
Provoca um número expressivo de óbitos: (média 2000 a 2010 = 500)
Evolução Histórica do Controle da Esquistossomose no Brasil
• 2009 – CDTV/CGDT/DEVEP/SVS
• 2010 – COVEH/CGDT/DEVEP/SVS
• 2011 – CGHDE/DEVIT/SVS
– Hanseníase
– Esquistossomose
– Tracoma
– Oncocercose
– Filariose
– Geohelmintíases:
Ascaris lumbricoides, Ancylostoma spp., Trichuris tricchiuria
Política de Controle da Esquistossomose no Brasil
As ações de Vigilância Epidemiológica objetivam:
• Reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos
• Reduzir a prevalência da infecção
• Indicar medidas para reduzir o risco de expansão da doença
O controle depende de várias ações preventivas:
• Diagnóstico precoce e tratamento oportunos
• Vigilância e controle dos hospedeiros intermediários
• Ações de educação em saúde
Intervenções em saneamento (modificação dos fatores domiciliares e ambientais)

Atividades para o controle da esquistossomose
1. Diagnóstico
Busca ativa - inquérito coproscópico domiciliar (método diagnóstico Kato-Katz)
Periodicidade - no mínimo a cada dois anos.
Demanda passiva - rede de Atenção Primária.
2. Tratamento
Crianças: a) Oxamniquina suspensão - dosagem de 20mg/kg/ peso
b) Praziquantel, comprimidos - dosagem: 60mg/kg/peso
Adultos: a) Praziquantel, comprimidos - dosagem: 50mg/kg/peso
Estratégia para tratamento por localidade
• prevalência < 25%, tratamento somente de pessoas positivas;
• prevalência 25% até < 50%, tratamento de pessoas positivas e conviventes;
• prevalência igual ou superior a 50%: tratamento de toda a população da localidade
Atividades para o controle da esquistossomose
3. Malacologia
• Inspeções coleções hídricas - determinar a localização de moluscos hospedeiros da esquistossomose (Biomphalaria glabrata, B. straminea, B. tenagophila)
• Controle dos hospedeiros intermediários com uso de moluscicida ou controle biológico
4. Educação em saúde e ambiental para as populações
sob risco
• Participação comunitária no controle da esquistossomose
5. Obras de engenharia de Saúde Pública
• Para eliminar criadouros de hospedeiros intermediários. Ex: construção de canais, drenagens, aterros e outros.
• Para prevenir que o homem contamine os mananciais de água. Ex. instalação água encanada e obras de saneamento básico domiciliar
Desafios
Ampliar a cobertura dos inquéritos e tratamentos nas áreas endêmicas
Implantar o tratamento coletivo para geohelmintíases e esquistossomose
Modernizar do Sistema de Informação – SISPCE
Integrar com o Programa de Saúde na Escola e Equipes de Saúde da Família
Avanços
Priorização do agravo no âmbito da SVS com inserção de metas na Agenda Estratégica da SVS
Criação de Portaria para repasse financeiro para os municípios por meio do PVVS para fortalecimento da VE das doenças da CGHDE.
Inserção de ações para esquistossomose e geohelmintíases no Plano Brasil sem Miséria – no eixo Doenças perpetuadoras da pobreza
Elaboração do Plano Integrado de Eliminação da Hanseníase como problema de Saúde Pública e outras doenças de Eliminação 2011-2015
Criação de linhas de pesquisa (Decit) específica para doenças negligenciadas
Perspectivas
• Publicação das diretrizes técnicas do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose
• Implementação da Vigilância das formas graves
• Acompanhamento do Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose Mansoni e Geohelmintoses
• Acompanhamento das atividades do projeto Complementação da Carta Planorbídica: BA, MG, PE, PR, RN
• Modernizar o sistema de informação
• Fomentar, em conjunto com outras instituições, políticas de saneamento e educação em saúde

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