Antônio
Sena estava desaparecido desde 28 de janeiro após decolagem em Alenquer. Ele
encontrou coletores de castanha próximo à divisa com o estado do Amapá e pediu
ajuda. Piloto apresenta sinais de desidratação.
Depois de horas de operação, chegou a Santarém, no oeste do Pará, na
tarde deste sábado (6), o piloto que ficou 36 dias desaparecido após decolar de
uma pista no município de Alenquer em 28 de janeiro. Antônio Sena teria
encontrado coletores de castanha em uma área isolada no município de Almeirim,
próximo à divisa com o estado do Amapá, e pediu ajuda.
Devido aos dias dentro da floresta, o piloto apresenta sinais de
desidratação, está magro e com alguns ferimentos pelo corpo.
As equipes de buscas conseguiram localizar o piloto após o grupo coletor
de castanha acender uma fogueira no meio da floresta na manhã deste sábado.
Aeronaves do Governo do Estado fizeram o resgate e o deslocamento para
Santarém.
O helicóptero usado na operação ainda parou no município de Prainha para
transferir equipe e piloto para outra aeronave. Em vídeo, o piloto acena, sorri
e faz um sinal de positivo.
No aeroporto em Santarém, amigos e familiares recepcionaram
"Toninho Sena" com festa. Ainda da ambulância, "Toninho"
falou com as pessoas que os esperaravam. Na pista, ele também abraçou os
irmãos. O piloto foi levado para um hospital particular para receber
atendimento médico e passar por exames.
Na porta do hospital, familiares puderam abraçar o piloto e matar um
pouco a afliação que perdurou por mais de um mês. Entre lágrimas e sorrisos,
palavras de agradecimento a Deus, à equipe e a todas as pessoas que estiveram
envolvidas nas operações desde o desaparecimento.
Reaparecimento
As primeiras informações de que Toninho Sena estava vivo, 36 dias após o
seu desaparecimento com a aeronave Cessna 210, prefixo PT-IRJ, surgiram na
sexta-feira (5), após um telefonema para a mãe dele, Rolene Sena, que mora em
Brasília (DF).
Do outro lado da linha a notícia que a mãe mais esperou desde o dia 28
de janeiro: "O seu filho Toninho pediu pra avisar que ele está vivo".
Sem ouvir a voz do filho pra ter certeza de que ele realmente estava
vivo, Rolene avisou os outros filhos (Mariana e Thiago). Thiago falou também
por telefone com a pessoa que ligou para mãe dele e pediu que algumas perguntas
fossem feitas ao piloto. Com respostas certeiras, como o nome do cachorro dele:
Gancho, a família teve certeza da veracidade das informações.
Não demorou para que a boa notícia se espalhasse nas redes sociais,
inclusive com vídeos dos irmãos informando que já estavam mobilizando meios
para ir até o local informado pelos coletores de castanha, para fazer o resgate
de Toninho.
*Colaborou Daniele Gambôa, da TV
Tapajós.
Por Geovane Brito, G1 Santarém
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